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| | | | Esta semana realizei a primeira
reunião para discutir os contributos de outros parlamentares ao
meu relatório sobre os Direitos Humanos e Democracia em 2019. Um
documento fundamental, numa altura em que devido à pandemia de
Covid-19 todo o planeta se encontra num momento desafiante, com o
agravar das condições para os defensores dos Direitos
Humanos, ambientalistas e tantos outros que lutam pela Democracia
à volta do globo. Este é um passo fundamental no trabalho
legislativo do Parlamento Europeu, na procura de consensos o mais
alargados possíveis.
Isabel Santos
| | | | | Foi acordado um mecanismo
que condiciona o acesso aos fundos europeus à observância
das regras fundamentais do Estado de Direito, desde logo a
independência do poder judicial, desbloqueando um impasse que
estava não só a atrasar o próximo QFP como a minar
a credibilidade da UE. A condicionalidade do novo mecanismo abrange
também situações de fraude fiscal e
corrupção, protegendo assim o orçamento
comunitário, ao mesmo tempo que evita que eventuais
sanções, as quais serão decididas no Conselho por
maioria qualificada, prejudiquem os cidadãos e empresas
beneficiários dos fundos. Uma importantíssima conquista da
cidadania e da democracia europeias.
Manuel
Pizarro
| | | | | "Se não agimos já, o
fosso salarial entre homens e mulheres na Europa não será
eliminado antes de 2104." É com esta afirmação
que o Grupo S&D alertou, esta semana, para o urgente combate
à desigualdade salarial. Nós, S&D, apelamos à
Comissão Europeia para que apresente medidas vinculativas para
todos os Estados-membros no sentido de eliminar este fenómeno
que, para além da flagrante injustiça contra as mulheres,
é uma irracionalidade económica que em nada contribui para
o crescimento coeso e saudável das nossas sociedades. Não
podemos esperar mais!
Isabel Estrada
Carvalhais
| | | | | Um barril de
pólvora
Uma das virtudes da democracia
transforma-se, por vezes, numa vulnerabilidade: qualquer um pode ser
eleito, mesmo que não esteja comprometido com a democracia.
Depois de meses a desacreditar o processo eleitoral, propagando teorias
da conspiração e denunciando fraudes inexistentes, no seu
discurso na noite eleitoral, o Presidente dos EUA anunciou ter ganho as
eleições e querer parar todas as contagens de votos - isto
quando milhões de votos estavam ainda por contar e o resultado
era absolutamente incerto.
Num país que se encontra
profundamente dividido e em que pululam as milícias armadas de
extrema-direita, estas declarações são mais do que
brincar com o fogo, parecem mesmo o atear de um rastilho. A bem dos EUA,
do seu povo e de todo o mundo, esperemos que o bom-senso
prevaleça.
Pedro Marques
| | | | | "Compreendo que se possa ficar
chocado com caricaturas, mas nunca aceitarei que se possa justificar a
violência. As nossas liberdades, os nossos direitos, é
nossa vocação protegê-los."
Emmanuel Macron, Presidente da França
É isto que distingue as
democracias dos outros regimes. É com elas que se garante um
mundo livre, aberto e plural. É isto que disse o Presidente da
França depois do atentado contra Samuel Paty.
Maria Manuel Leitão
Marques
| | | | | Esta notável foto do
fotógrafo Ray Livez ilustra,
talvez melhor do que mil palavras, as nuvens carregadas que nos
últimos anos envolveram os valores da democracia na
América. A tal ponto que se torna hoje necessário lembrar
ao inquilino da Casa Branca o mais elementar de todos os
princípios democráticos: todos os votos têm que ser
contados. A surpreendente votação que Donald Trump obteve,
apesar da sua grosseira indecência, mostra como os
norte-americanos precisam de fazer muito mais pela Democracia e pela
Liberdade do que simplesmente mudar de Presidente.
Pedro Silva
Pereira
| | | | | | | | Fratelli
Tutti, Papa Francisco, Paulinas
O testamento político do Papa
Francisco, foi publicado há um mês. O pontífice faz
um diagnóstico sobre a situação no mundo e
traça um plano de ação para reaproximar as pessoas
em plena pandemia. No seu texto, afirma que "visões liberais
individualistas reduzem a sociedade a uma mera soma de interesses que
coexistem" e sugere um novo ordenamento social, baseado num
"amor político" capaz de vencer a desigualdade.
Religião à parte, uma leitura a não perder.
Sara Cerdas
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