Violência sexual como estratégia de acção terrrorista

Violência sexual como estratégia de acção terrrorista

17.09.2020

No Congo os abusos sexuais são “usados como armas de guerra e o médico que denuncia e trata clinicamente estes crimes está sob ameaça de morte”, denunciou Carlos Zorrinho na sessão penária de Bruxelas. O deputado referia-se ao Dr. Denis Mukwege, laureado com o prémio Sakharov e o Nobel da Paz.

A União Europeia, as Nações Unidas, a União Africana e os todos Estados de Direito “devem estar ao seu lado na luta contra as graves violações dos direitos humanos e da impunidade com que são atropelados os mais básicos pilares da sociedade.”

Carlos Zorrinho recordou que “a denúncia que fez recentemente de mais um massacre em Kivu, e o pedido para que sejam levados à justiça os grupos armados responsáveis pelos crimes continuados de violência sexual, despoletaram uma ameaça real à sua integridade física que exigiu a reposição da proteção pelas forças da ONU ao hospital de Panzi, interrompida em maio deste ano por causa da pandemia”.

Para o deputado “é preciso garantir o funcionamento das instâncias judiciais e a União Europeia deve manter-se vigilante e pró-ativa, e sancionar todos os perpetradores de violência e violadores dos direitos humanos”.

Carlos Zorrinho não deixcou de elogiar o trabalho do Dr. Mukwege e o seu corpo clínico pelo “extraordinário trabalho na luta contra a violência sexual como estratégia de ação terrorista”.